Já parou para pensar no quanto a capacidade de entender gente é, hoje, uma habilidade estratégica para qualquer liderança?
Há quase três décadas — e, sim, às vezes nem eu mesma acredito nisso —, uma das minhas maiores frentes de atuação tem sido essa: decifrar pessoas. Utilizo assessments robustos, sérios e sempre com a intenção de gerar desenvolvimento real, e não apenas rótulos. E, ao longo desses anos, sigo me surpreendendo com o quanto entender quem somos e com quem trabalhamos muda tudo.
Você pode não ser um bom líder, por exemplo — e tudo bem. Mas pode ser treinado e preparado para se tornar um. Pode também ser um excelente gestor, vendedor, auditor, especialista… As possibilidades se expandem quando temos clareza sobre nossos talentos, nossas lacunas e nosso estilo de funcionamento.
Saber decifrar pessoas é uma arte que envolve olhar além da superfície. Não se trata apenas de saber se alguém é mais comunicativo ou analítico, mas sim de entender como essa pessoa aprende, como reage ao estresse, o que a motiva, como toma decisões… e o que faz seus olhos brilharem. Isso é inteligência relacional — e ela vale ouro.
No mundo atual, em que tanto se fala sobre escassez de talentos, talvez estejamos apenas olhando para o lugar errado. A moeda mais valiosa hoje não é encontrar o “melhor currículo” ou o profissional mais premiado, e sim colocar a pessoa certa no lugar certo. E isso só é possível com uma liderança que sabe ler, escutar e traduzir pessoas.
Essa equação atravessa séculos e nunca perdeu a validade. Pode chamar de match, de encaixe, de sinergia… No fim, o segredo é esse: respeitar as singularidades e potencializar talentos. Sucesso com gente tem fórmula. E tem uma formalidade: levar as pessoas a sério.
Se você lidera uma equipe, fica aqui um convite: desacelere um pouco e observe. Pergunte mais. Julgue menos. Deixe que cada um se revele. Porque a competência mais importante daqui pra frente talvez seja justamente essa: traduzir gente com sensibilidade, inteligência emocional e estratégia.
Esse foi o tema da minha coluna na CBN Curitiba. Se quiser escutar, clique aqui.
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