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APRENDER PARA CRESCER: POR QUE O FUTURO DAS EMPRESAS DEPENDE DA APRENDIZAGEM CONTÍNUA

Daniela Ludak

Há duas semanas, participei de um grande evento na área de gestão e liderança, o HSM+25. Foram dias intensos, cheios de conversas inspiradoras com líderes, empreendedores e profissionais de todo o país. O que mais me chamou atenção não foi a tecnologia de ponta, tampouco as discussões sobre produtividade — mas sim o fato de que o aprendizado continua no centro das conversas corporativas.

Mas não qualquer aprendizado.

Falamos de um aprendizado que desperta, conecta e amplia sentido. Um aprender que ultrapassa o técnico e alcança o humano.

Vivemos um tempo em que o conhecimento está mais disponível do que nunca: treinamentos formais, livros, e-books, experiências práticas, cursos rápidos, redes sociais e — claro — a inteligência artificial, que abriu um universo completamente novo de possibilidades.

A pergunta é inevitável: estamos aproveitando essas oportunidades?

O que as empresas realmente ganham com treinamentos e capacitações?

Essa pergunta é frequente nas minhas conversas com líderes e ouvintes da CBN. Para além de ensinar conteúdos ou desenvolver competências, o aprendizado contínuo transforma o ambiente de trabalho.

Empresas que fomentam a aprendizagem:

• fortalecem vínculos entre líderes e equipes;

• ampliam a cooperação;

• despertam consciência sobre o papel de cada um;

• criam ambientes emocionalmente inteligentes;

• favorecem a inovação.

Aprender, afinal, vai muito além de técnicas e metas. É sobre reconhecer o outro, compreender a si mesmo e dar sentido ao que se faz.

Muitas organizações ainda têm receio de investir em treinamentos com medo de “perder” profissionais. Essa preocupação é antiga — e há uma frase amplamente conhecida que resume bem esse dilema: “A única coisa pior do que treinar seus colaboradores e eles irem embora, é não treiná-los — e eles ficarem.”

Independentemente de quem a tenha dito primeiro, a mensagem é clara: o verdadeiro risco para qualquer empresa não está em desenvolver talentos que podem seguir novos caminhos, mas sim em manter profissionais despreparados, desatualizados e desconectados do propósito.

Organizações que investem nesse tipo de aprendizado estão, na verdade, investindo em sua própria sustentabilidade organizacional e humana. Elas entendem que o futuro pertence a quem continua aprendendo.

E talvez esse seja o grande desafio de hoje: deixar de serem apenas locais de trabalho e se tornarem verdadeiros clubes de aprendizado, espaços onde o conhecimento circula, as pessoas se desenvolvem e a inovação floresce de forma natural.

Por que nem todo mundo quer aprender, mesmo com tanta informação disponível?

Paradoxalmente, nunca tivemos tanto acesso ao conhecimento… e, ao mesmo tempo, tantas pessoas desinteressadas em aprender.

Dias atrás, uma executiva de RH me contou algo que me marcou: três vezes por ano, em média, ela faz um curso completamente aleatório — culinária, mecânica, esportes, artes, o que surgir. Ela me disse: “Eu gosto de aprender e sou inquieta por natureza.”

E é isso.

Profissionais comprometidos com seu autodesenvolvimento — e com a empresa — vão atrás do aprendizado, mesmo quando não são estimulados. Porque entendem que conhecimento é algo que ninguém tira de você.

Por isso, deixo sempre uma provocação: Se existe tanta coisa para saber, por que limitar sua aprendizagem apenas ao que sua área exige?

Como inspirar o aprendizado contínuo nas empresas?

Motivar, como costumo dizer, ninguém motiva ninguém.

Mas é possível usar os 3 I’s: inspirar, instrumentalizar e instigar pessoas.

Treinamentos e capacitações eficazes são aqueles que conectam propósito, autoconhecimento e ação. Empresas que compreenderam isso estão reinventando seus formatos de aprendizagem.

Hoje, vejo organizações que:

• criam rodas de leitura sobre liderança e comportamento;

• promovem desafios interáreas com temas e metas compartilhadas;

• utilizam games corporativos para estimular colaboração e pensamento criativo;

• transformam o treinamento tradicional em uma experiência viva, dinâmica e significativa.

Foi nessa linha que desenvolvi o Game Expedição Consciente, dentro do programa ReconectAI, um jogo criado para explorar universos internos como coragem, empatia, autoestima, bom humor e determinação. E, a partir deles, fortalecer o coletivo. Os resultados têm sido profundamente transformadores.

No final das contas, o que faz alguém permanecer na sua empresa?

É o salário? O cargo?

Ou o quanto essa pessoa sente que segue evoluindo — como profissional e como ser humano — dentro da organização?

Pessoas que evoluem permanecem.

Pessoas que param de aprender… vão embora (mesmo que ainda estejam sentadas na mesa ao lado).

E você, líder?

Deixo três perguntas essenciais:

• O que você tem feito para inspirar sua equipe?

• Como está fortalecendo ambientes de aprendizagem contínua?

• Que experiências está criando para que as pessoas cresçam — e cresçam juntas?

No fim das contas, o que sustenta uma empresa não são processos nem tecnologias. São pessoas que aprendem, se adaptam e se desenvolvem lado a lado.

Este foi o tema da minha coluna na CBN.

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Daniela Leluddak

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Até a próxima!

Daniela Ludak

Daniela Leluddak

Consultora corporativa, psicóloga clínica, palestrante e colunista com mais de 25 anos de experiência. Reconhecida por seu trabalho no desenvolvimento humano, apoia líderes, famílias e empresas na criação de ambientes colaborativos, humanizados e de alta performance. É idealizadora da metodologia Análise Integral, que une psicologia, tecnologia e espiritualidade para capacitar pessoas e equipes a alcançar seu máximo potencial.

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