Se você não sabe quem é o seu cliente mais satisfeito, como pode entender o que realmente entrega valor?
E, mais importante: como pode construir relacionamentos duradouros e verdadeiros?
Sem essa clareza, toda relação entre cliente e fornecedor se torna superficial. É como tentar comunicar-se em um idioma que o outro não entende.
Um marketing que precisa se reconectar
O marketing — e os negócios de forma geral — vivem um momento de reflexão e reposicionamento.
Durante anos, acreditamos que conhecer o público era saber sua faixa etária, gênero ou localização. Mas isso não basta.
Saber se são “homens, mulheres, atletas ou carecas” não diz nada sobre a motivação real que os aproxima de nós.
O que os conecta é o que há em comum nas suas dores, aspirações e valores.
É sobre vocação, não segmentação.
A verdadeira pergunta é:
– Por que essas pessoas escolhem você, e não outro?
– O que você resolve — de fato — na vida delas?
E mais: se o seu CNPJ deixasse de existir amanhã, quem sentiria falta e por quê?
O seu negócio não é para todo mundo
Essa frase, também dita por João Branco, soa quase libertadora.
Em um tempo em que todos querem alcançar “todo mundo”, esquecemos que pertencer é muito mais poderoso do que atrair.
Reconhecer que o seu negócio não é para todos é o primeiro passo para construir autenticidade.
E o cliente percebe.
Ele percebe a coerência, a verdade, a intenção.
Percebe quando há propósito — e quando há apenas discurso.
Reumanizar o marketing
A fala de João Branco me fez refletir sobre algo que vivi ao longo da minha trajetória.
Já trabalhei com consultorias de marketing incríveis — e com outras nem tanto.
Mas, em todas, aprendi algo importante: o problema nunca foi “delas”.
Cada uma me ensinou a olhar menos para o mercado e mais para mim mesma.
Porque o marketing que transforma não é o que fala mais alto, é o que escuta mais fundo.
O futuro do marketing (e das relações humanas) está na capacidade de unir estratégia e propósito, dados e significado, performance e sensibilidade.
Até a próxima!





