TROCAR A LIDERANÇA RESOLVE? OU É SÓ UM REMENDO PARA UM PROBLEMA MAIS PROFUNDO? 

Daniela Ludak

Acompanho empresas de diferentes segmentos e, muitas vezes, esse tema ressurge: Quando a empresa enfrenta problemas… o que fazer? 
Trocar a liderança? Reformular a equipe? Apostar tudo em alguém novo? 
Será que isso resolveria mesmo? 

Essa reflexão vale para você que lidera uma empresa, uma equipe, um projeto — 
e também para você que faz parte de uma equipe e observa o cenário de dentro. 

Então, diante de um momento desafiador, qual deve ser o primeiro passo? 

O que fazer primeiro numa situação problemática? 

Crises não são apenas obstáculos. Elas podem ser convites à reinvenção — 
desde que haja disposição para olhar além dos rótulos e cargos. 

Antes de responsabilizar uma única pessoa, é preciso observar: 

  • O líder tem clareza dos desafios e está disposto a evoluir? 
  • A cultura organizacional estimula a colaboração ou inibe a inovação? 
  • A equipe está comprometida ou apenas obedecendo? 
  • A liderança está sendo apoiada ou apenas cobrada?


Esse é um momento que exige maturidade organizacional. 

E a pergunta central que a alta gestão precisa se fazer é: 
“O que esse momento difícil está tentando nos mostrar como organização?” 

Buscar a raiz do problema, com escuta ativa e análise objetiva, é o primeiro passo. 
Sem julgamentos, sem decisões impulsivas. Com profundidade. 

Trocar a liderança é a melhor solução? 

Talvez sim. Talvez não. 

Trocar a liderança pode ser necessário — mas também pode ser uma resposta apressada, emocional, 
uma forma do sistema encontrar um “culpado oficial”. 

Tira-se um nome do topo e espera-se que, como num passe de mágica, tudo mude. 
Só que não é assim que funciona. 

O que oriento nas empresas que acompanho é claro: investigue profundamente antes de decidir. 

  • O problema está na performance da liderança? 
  • Ou nos processos da empresa que não funcionam? 
  • As metas são claras para todos, ou só para alguns? 
  • A política interna é transparente, ou muda conforme a maré? 


Outro ponto essencial: 
clareza sobre o papel da liderança. 
Você, líder, está ali apenas para executar ordens? 
Ou para contribuir com soluções, estimular decisões e influenciar o caminho? 

Às vezes, o problema não está em quem lidera — 
mas no fato de que se espera dessa pessoa algo que nunca foi combinado claramente. 

E quando a troca é mesmo necessária? 

Sim, há momentos em que trocar a liderança é o melhor caminho. 
Mas essa decisão precisa ser baseada em fatos, não em percepções isoladas. 

Alguns sinais que indicam a necessidade real de mudança: 

  • Performance muito abaixo do esperado, com impacto nos resultados. 
  • Falhas claras na gestão de pessoas e processos. 
  • Falta visível de motivação e envolvimento. 
  • Já foram oferecidos apoio, treinamentos e feedbacks — e mesmo assim, nada mudou. 


Nesses casos, a troca é indicada.
 
Mas atenção: trocar o líder não basta. 
Toda equipe precisa de preparo e suporte para se adaptar a uma nova liderança, 
com outro estilo, outra visão e outro ritmo. 

Reflexão final: Demitir ou evoluir? 

Na sua empresa, diante das dificuldades, o que tem sido feito? 
Demitir… ou evoluir? 

Liderar em tempos difíceis exige mais do que carisma. 
Exige consciência, escuta, coragem para rever rotas — 
e humildade para reconhecer quando algo não está funcionando, inclusive em nós mesmos. 

Soluções que ajudam empresas a tomar decisões com mais consciência 

Na minha atuação com lideranças de diferentes mercados, utilizamos soluções que evitam decisões precipitadas e promovem amadurecimento real: 

  • Assessment Caddan 
    Instrumento que permite avaliar com profundidade o perfil e a atuação das lideranças, 
    mitigando erros em contratações e auxiliando o RH no desenvolvimento dos líderes já existentes. 
  • Líder Integral 
    Programa estruturado em módulos que ajuda líderes a se alinharem com o que o mundo contemporâneo exige: 
    presença, clareza, escuta, visão sistêmica e atuação com propósito. 
  • Game Expedição Consciente 
    Uma vivência lúdica e impactante, criada para líderes e equipes. 
    Favorece a conexão, o diálogo e o alinhamento de forma leve, profunda e colaborativa. 


Essas ferramentas nos ajudam a 
olhar o problema com mais profundidade, 
trazer dados, ampliar perspectivas e construir soluções — não culpados. 

Um dado a mais para sua reflexão… 

Tenho ajudado empresas em todo o Brasil na composição de equipes e em processos de contratação. 
E os sinais do mercado são claros: estamos enfrentando dificuldades reais para contratar novos executivos, 
especialmente para posições de liderança. 

Em um cenário como esse, reavaliar bem antes de demitir não é apenas sensato — 
é estratégico. 

E se quiser ouvir mais sobre esse tema, confira minha fala na CBN: 
CBN Curitiba – Quando a empresa enfrenta problemas, trocar a liderança resolve? 

Até a próxima!

Daniela Ludak

Daniela Leluddak

Consultora corporativa, psicóloga clínica, palestrante e colunista com mais de 25 anos de experiência. Reconhecida por seu trabalho no desenvolvimento humano, apoia líderes, famílias e empresas na criação de ambientes colaborativos, humanizados e de alta performance. É idealizadora da metodologia Análise Integral, que une psicologia, tecnologia e espiritualidade para capacitar pessoas e equipes a alcançar seu máximo potencial.

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