Na última quarta-feira, durante minha coluna na CBN Curitiba, falei sobre o conceito de liderança educadora – um modelo que vai além de influenciar, aglutinar ou inspirar. Trata-se de integrar negócios, performance e, sobretudo, pessoas.
Poucos minutos após o programa terminar, meu e-mail e WhatsApp foram inundados por mensagens com perguntas muito parecidas:
“Como treinar quem não quer ser treinado?”
“O que fazer com colaboradores que permanecem online em jogos ou vídeos durante reuniões?”
Esses relatos, vindos de gestores de diferentes setores, revelam uma dor latente nas organizações: a desconexão humana.
Quando a presença se perde, a curva de aprendizagem despenca, a colaboração se fragiliza e o sentido do trabalho se dissolve.
Por que estamos perdendo a presença?
Vivemos em um ambiente de hiperestímulos constantes: notificações, redes sociais, vídeos curtos, aplicativos de entretenimento a um toque de distância. A tentação de escapar de tarefas complexas ou conversas desafiadoras é grande.
No entanto, quando colaboradores se afastam mentalmente, o preço pago pela empresa é alto:
- Queda de produtividade: a performance despenca quando metade da equipe está em outra “aba” mental.
- Cultura de superficialidade: decisões importantes exigem diálogos profundos, e não interações distraídas.
- Risco de obsolescência: profissionais que não aprendem continuamente tornam-se descartáveis – e o descarte de talentos custa caro.
O papel da liderança educadora
Uma liderança educadora não comanda apenas – ela conduz com presença e propósito. Seu papel é despertar o sentido, nutrir a autonomia e criar um ambiente onde aprender se torne parte da cultura.
Ela:
- Cria segurança psicológica – onde perguntar não é fraqueza, mas curiosidade.
- Oferece trilhas de aprendizagem personalizadas – respeitando ritmos e estilos cognitivos.
- Modela a presença – não basta cobrar foco: é preciso estar presente, com escuta ativa e coerência entre fala e ação.
- Transforma erros em oportunidades de crescimento – e acertos em repertório coletivo.
- Cuida da saúde emocional da equipe – reconhecendo sinais de esgotamento e promovendo pausas restauradoras.
Rumo a uma nova cultura organizacional
Estamos vivendo uma transição:
Do modelo de liderança baseado apenas em produtividade, comando e controle – para um modelo consciente, educador e integral.
Essa mudança exige mais que capacitação técnica: exige coragem para reaprender a liderar. E isso é real.
Hoje, mais do que desejo ou motivação, liderar demanda presença ninja, coragem emocional, disposição para enfrentar desafios diários, e principalmente: vontade de se superar.
É preciso ter tempo para sentir, experienciar, abrir-se ao novo.
Sair do automático. Conversar de verdade. Reconstruir vínculos.
Não se trata de romantizar o papel do líder – mas de reconhecer que presença real é revolucionária num mundo distraído.
Quando líderes se tornam educadores, eles não apenas aumentam resultados.
Eles libertam o potencial humano, e transformam empresas em comunidades vivas de aprendizagem, inovação e sentido.
Um convite para você
Tenho um programa chamado Líder Integral – que acompanha as tendências do mundo com os pés na realidade do que as empresas já vivenciaram e precisam antecipar.
E mais do que um método, é uma prática diária.
Treino isso todos os dias. E você? Como tem lidado com esse cenário?
Se quiser conversar, estou abrindo agendas individuais para reflexões e trocas reais – seja para você ou para o seu time.
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Quem sabe essa conversa seja exatamente o que você (ou sua equipe) está precisando.
Até a próxima!
Com presença,
Daniela Leluddak